Desde de sempre luto contra a Síndrome do Patinho Feio, sempre me achei  não pertencente ao mundo. Sempre me achei menos que os outros, não culpo nenhum acontecimento da infância, rejeição, nada disso, porém, desde a minha mais primitiva memória como ser humano me sinto assim. 

Sempre tive problemas de relacionamentos, na escola, era sempre a menina que vivia no mundo da lua, na família era a criança peralta que mexia em tudo, que não parava pra assistir TV, que era atrapalhada e derrubava tudo e quebrava tudo que colocava a mão. 

Nunca fui boa em fazer amizades, nunca fui a pessoa popular, era sempre mais um rosto na multidão, não era uma sensação de baixa auto-estima pela aparência física, já que nunca me achei uma pessoa feia, mas era uma baixa estima de personalidade, ou sei lá o que, não achava que era uma pessoa agradável, isso se estendeu até a vida adulta, estou me procurando, me descobrindo, hoje sei que sou uma pessoa cheia de qualidades, não as nego, mas tem horas que acho que estou me escondendo do mundo.

E nesses últimos anos venho me escondendo atrás de uma montanha de comida, um circulo vicioso de compulsão alimentar, e culpa, tristeza por estar gorda, compulsão alimentar para compensar minhas próprias fugas. Eu me escondo do mundo por excesso de medo de errar, talvez por me preocupar tanto com o que as outras pessoas pensem a meu respeito!! 

Amanhã eu começo tudo de novo, e todo dia eu começo tudo de novo, sou uma pessoa melhor e melhorando a cada dia!

"Com o tempo você vai percebendo que, para ser feliz, você precisa aprender a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você." (Mário Quintana)